História da Dengue no Brasil: De onde Vem o Mosquito?
A origem do mosquito Aedes aegypti e a História da Dengue no Brasil.
O Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue, surgiu na África, possivelmente no vale do rio Nilo no Egito (daí o nome aegypti) e espalhou-se para Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo, acompanhando o homem em sua longa migração pelo mundo.
O vírus da dengue, provavelmente, se originou de vírus que circulavam em primatas não humanos nas proximidades da península da Malásia. O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, mosquitos transmitiram vírus ancestrais de primatas a humanos que, após mutações, originaram os quatro diferentes tipos de vírus da dengue atuais.
O primeiro registro de um provável caso de dengue foi publicado numa enciclopédia médica chinesa da época da dinastia Jin (265-420). Os chineses se referiam à doença como “veneno da água” e sabiam que havia alguma associação com insetos voadores.
O mosquito transmissor da dengue vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam seres humanos escravizados.
> Primeiros registros da doença:
De acordo com registros históricos, o primeiro caso provável de dengue foi mencionado em uma enciclopédia médica chinesa durante a dinastia Jin (265-420). Os chineses se referiam à doença como “veneno da água” e já associavam a sua propagação a insetos voadores.
No entanto, somente no século XVIII que a dengue foi reconhecida como uma entidade clínica distinta, com a ocorrência de uma epidemia na cidade portuária de Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1780.
Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século XIX, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela. No final daquele mesmo século, a dengue já era reconhecida como uma doença de costas, portos e cidades, espalhando-se para o interior ao longo dos rios.
> A expansão do mosquito da dengue:
A partir do século 16, durante o período das Grandes Navegações, o mosquito da dengue começou a se espalhar para regiões tropicais e subtropicais do planeta. Acredita-se que o vetor tenha sido introduzido no Novo Mundo durante o período colonial, por meio de navios que traficavam seres humanos escravizados.
A globalização e a urbanização acelerada dos séculos XIX e XX contribuíram ainda mais para a expansão do Aedes aegypti, já que o mosquito encontrou nas cidades densamente povoadas, com falta de saneamento básico e com abundância de recipientes para criação, um ambiente ideal para se proliferar.
No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba (PR), e do início do século XX, em Niterói (RJ).
No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue; na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela.
O verão de 1908 deixou a população carioca em alerta pelo risco da febre amarela. Foi nesse contexto que Antonio Gonçalves Peryassú, pesquisador do então Instituto Soroterápico Federal, que ganharia o nome de Instituto Oswaldo Cruz (IOC) naquele mesmo ano, fez descobertas sobre o ciclo de vida, os hábitos e a biologia do A. aegypti. Seus estudos foram fundamentais para a erradicação do mosquito em território nacional nas décadas seguintes e ainda hoje norteiam as pesquisas sobre o controle do vetor.
Numa monografia com mais de 400 páginas, intitulada Os Culicídeos do Brasil, o entomologista descreveu os hábitos do A. aegypti e de uma série de outros mosquitos da mesma família, apresentando aspectos nunca observados de sua biologia. Durante dois anos, Peryassú realizou uma série de experimentos com o A. aegypti.
Seu estudo trouxe preciosas informações sobre aspectos como a resistência à dessecação do ovo do mosquito, que pode ficar até um ano sem contato com a água. Também fez observações quanto à produtividade dos criadouros, questão ainda debatida na atualidade, afirmando que, em geral, grandes reservatórios de água são os focos mais produtivos do vetor.
Reprodução de imagem do livro Os Anophelíneos do Brasil, de Antônio Peryassú
Aedes Aegypti: Descoberta e Estudos Iniciais:
Descrição científica do mosquito:
O mosquito transmissor da dengue foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. No entanto, o nome definitivo, Aedes aegypti, só foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes.
Estudos fundamentais sobre o Aedes aegypti:
Antonio Gonçalves Peryassú, pesquisador do então Instituto Soroterápico Federal, hoje conhecido como Instituto Oswaldo Cruz (IOC), fez descobertas fundamentais sobre o ciclo de vida, os hábitos e a biologia do A. aegypti no início do século XX. Seus estudos foram decisivos para a erradicação do mosquito em território nacional nas décadas seguintes e ainda hoje orientam as pesquisas sobre o controle do vetor.
As Primeiras Epidemias de Dengue nas Américas:
Primeira epidemia de dengue na América
Segundo relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século XIX, com surtos subsequentes no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela.
O Aedes Aegypti e a Febre Amarela:
No início do século XX, a principal preocupação com o Aedes aegypti não era a transmissão da dengue, mas sim da febre amarela. Oswaldo Cruz, na mesma época, lançou uma campanha contra a febre amarela, tendo o mosquito como alvo central. A campanha conseguiu reduzir os casos da doença de tal forma que, a partir de 1942, a febre amarela não foi mais considerada um problema de saúde pública no Brasil.
A erradicação do Aedes aegypti:
Em 1955, uma grande campanha realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde conseguiu erradicar o Aedes aegypti do Brasil e de diversos outros países americanos. No entanto, nem todos os países conseguiram erradicar o mosquito, o que possibilitou sua reintrodução em diversas regiões.
Entre suas mais interessantes descobertas estão, também, a relação do mosquito com a temperatura e a densidade populacional. Ao realizar o primeiro levantamento detalhado da infestação do mosquito no Rio de Janeiro, o pesquisador associou a maior presença do A. aegypti ao aumento da densidade populacional de certas áreas da cidade e também mostrou a similaridade entre o mapa da concentração da população do inseto com o da ocorrência de casos de febre amarela. Suas observações mostraram, ainda, que a queda da temperatura ambiente para menos de 20oC interfere no desenvolvimento e na reprodução do mosquito, que se reduzem drasticamente, levando a uma redução dos casos.
Aparelho Clayton utilizado para lançar gás sulfuroso nas galerias de águas pluviais e esgotos, no combate aos mosquitos da febre amarela. (revista Kosmos, 1904)
Enxofre e piretro exterminavam mosquitos da febre amarela que infestavam as casas, cujas portas, janelas e frestas eram vedadas e os telhados cobertos por toldos. Foto: J. J. Monteiro de Paiva, em Óbidos, Pará, 1910
Nessa mesma época, Oswaldo Cruz lançava a campanha contra a febre amarela. Estruturada em moldes militares, seu alvo central era o Aedes aegypti. Enfrentou a oposição popular, mas sua persistência trouxe resultados: nos dois primeiros meses de 1907, apenas duas pessoas morriam de febre amarela. Contudo, como o mosquito não chegou a ser controlado em todo o país, logo voltou a se difundir, provocando nova epidemia na década de 20.
Em 1955, uma grande campanha realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde erradicou o Aedes aegypti do Brasil e de diversos outros países americanos.
Tinha-se a impressão de que a luta anti-vetorial nas Américas iria chegar ao seu fim, atingindo a completa erradicação do Aedes aegypti e o fim dos fantasmas da febre amarela e do dengue. Contudo, nem todos os países obtiveram êxito na erradicação, como algumas ilhas do Caribe (ex. Jamaica, Cuba, República Dominicana, Haiti), países ao norte da América do Sul como a Venezuela e Colômbia e também os Estados Unidos.
Devido à presença do vetor, em meados da década de 1960, há a primeira confirmação laboratorial de epidemias de dengue nas Américas, durante uma epidemia do sorotipo DEN-3, que afetou principalmente a Jamaica e a Venezuela, em 1963 e 1964.
História da Dengue - Como o mosquito foi levado para o Brasil - Fonte: Portal SSMA
A Reintrodução do Aedes aegypti e o Retorno da Dengue ao Brasil:
Ainda durante a década de 1960, há a primeira reintrodução do Aedes aegypti no Brasil que ocorre na capital paraense, em 1967. O vetor se espalhou por alguns municípios desse Estado, sendo posteriormente encontrado no Maranhão. Mais uma vez, foram realizados esforços na tentativa de re-erradicação obtendo sucesso no ano de 1973. Não há nenhum registro da ocorrência de dengue nesse breve período de reinfestação.
No ano de 1973, uma outra grande mudança ocorreu. O Programa de Erradicação de Aedes aegypti no continente passou a ter como objetivo principal a prevenção do dengue, e não mais a febre amarela urbana.
Três anos mais tarde, em 1976, o país foi novamente infestado, dessa vez em caráter definitivo. A porta de entrada fora a cidade de Salvador, na Bahia.
Em 1977, o vetor foi identificado no Rio de Janeiro, e nos anos seguintes em algumas capitais e grandes cidades nordestinas (Natal – RN, Campina Grande – PB, Recife – PE).
No início da década de 1980, algumas cidades fronteiriças com o Paraguai foram infestadas, como Foz do Iguaçu – PR e Ponta Porã – MS. O município de Pacaraima – RR, próximo à Venezuela e Guianas, também encontrou focos, mas esses foram eliminados precocemente.
Desde então, os números de casos de dengue no Brasil apresentam curvas ascendentes ano após ano.
dengue no brasil, história da dengue no brasil pdf, história da dengue no brasil pdf, o que causa a dengue
Entre os diversos fatores que contribuíram para a explosão da dengue, destacam-se o crescimento da população e a expansão desordenada dos centros urbanos, deixando grande faixas da população vivendo em condições precárias, sem acesso a sistemas adequados de fornecimento de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo. Isso se agrava pela intensa utilização de materiais não-biodegradáveis, como recipientes descartáveis de plástico e vidro. O aquecimento global também pode ter forte relação com o aumento de casos.
Desafios Atuais no Combate à Dengue:
Entre os diversos fatores que contribuíram para a explosão da dengue, destacam-se o crescimento da população e a expansão desordenada dos centros urbanos, que oferecem condições favoráveis para a proliferação do mosquito. O aquecimento global também pode ter forte relação com o aumento de casos, já que o aumento da temperatura favorece o ciclo de vida do mosquito e a replicação do vírus.
Variabilidade Viral: A existência de quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue, cada um capaz de causar doença, representa um desafio significativo na prevenção e controle. As pessoas podem ser infectadas por cada sorotipo apenas uma vez, mas as infecções subsequentes por diferentes sorotipos aumentam o risco de formas graves da doença. Isso torna o desenvolvimento de uma vacina abrangente complexo e desafiador.
Mudanças Climáticas: O Aedes aegypti é um mosquito extremamente adaptável e as mudanças climáticas estão alterando seu habitat, permitindo que se espalhe para novas áreas. Além disso, o aquecimento global e as mudanças nos padrões de chuva podem criar mais criadouros de mosquitos, aumentando a transmissão da dengue.
Urbanização e Mobilidade Humana: A rápida urbanização e a expansão descontrolada das cidades criaram ambientes ideais para a proliferação do Aedes aegypti. Além disso, o aumento da mobilidade humana, tanto a nível local quanto internacional, facilita a propagação do vírus da dengue entre populações e regiões.
Falta de Recursos: Muitos países endêmicos para a dengue são países em desenvolvimento, onde a falta de recursos para implementar medidas eficazes de controle de mosquitos e fornecer cuidados de saúde adequados é um grande obstáculo. A falta de investimento em infraestrutura básica, como saneamento e gestão de resíduos, também contribui para a proliferação do mosquito.
Resistência a Inseticidas: A resistência do mosquito Aedes aegypti aos inseticidas comumente usados é uma preocupação crescente. O uso excessivo e indevido de inseticidas pode acelerar a evolução da resistência, tornando as estratégias de controle químico menos eficazes.
Desafios na Implementação de Novas Tecnologias: Embora as novas tecnologias ofereçam grande potencial no controle da dengue, há também muitos desafios em sua implementação. Estes incluem questões éticas, sociais e ambientais, além dos altos custos e da necessidade de testes extensos para garantir a segurança e a eficácia.
Superar esses desafios exigirá esforços coordenados e colaborativos em nível local, nacional e global. A pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas para prevenir e controlar a dengue devem continuar sendo uma prioridade.
Estratégias de controle do mosquito e da doença:
O Papel da Educação e da Consciência Pública: A prevenção e o controle da dengue dependem fortemente da educação da população e da conscientização pública. As comunidades devem ser educadas sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti e as condições em que prospera. A participação da comunidade na eliminação de criadouros potenciais é vital, assim como o entendimento sobre os sintomas da doença e a importância de procurar atendimento médico ao identificar sinais suspeitos.
Controle Ambiental: A estratégia mais eficaz para controlar a população do mosquito é atacar seus criadouros. Isso envolve a identificação e eliminação de objetos que possam acumular água parada, como pneus velhos, potes, vasos de plantas, entre outros. Também é necessário garantir uma boa gestão do lixo e manter os reservatórios de água devidamente cobertos.
Controle Químico: O controle químico é outra ferramenta para diminuir a população do mosquito, especialmente em situações de surtos de dengue. Isso envolve a aplicação de inseticidas para eliminar larvas (larvicidas) e adultos (adulticidas). No entanto, deve ser usado de maneira judiciosa para evitar a resistência do mosquito aos produtos químicos.
Desenvolvimento de Vacinas: O desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes contra os quatro sorotipos do vírus da dengue é um objetivo importante na luta contra a doença. Apenas uma vacina está atualmente licenciada para uso, mas sua eficácia varia entre os diferentes sorotipos e entre indivíduos com diferentes históricos de exposição ao vírus da dengue. Por isso, continua-se a pesquisa para o desenvolvimento de outras vacinas.
Ao enfrentar a dengue, é importante lembrar que não há uma única estratégia infalível. Uma abordagem integrada, combinando todas essas estratégias, é essencial para controlar efetivamente o vetor e a doença.
Inovações Tecnológicas: Drones no Combate e Prevenção à Dengue
A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na resposta à dengue, e uma inovação em particular tem mostrado um potencial notável: o uso de drones. Os drones, ou veículos aéreos não tripulados (VANTs), estão sendo usados de maneiras inovadoras para combater a disseminação do mosquito Aedes aegypti, o vetor da dengue.
Monitoramento e Mapeamento de Áreas de Risco: Uma das principais maneiras pelas quais os drones estão sendo usados é para o mapeamento e monitoramento de áreas de risco. Os drones equipados com câmeras de alta resolução podem capturar imagens aéreas detalhadas, ajudando a identificar potenciais criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada e depósitos de lixo. Isso permite que as equipes de controle de vetores priorizem e planejem suas ações de maneira mais eficaz.
Pulverização de Inseticidas: Os drones também estão sendo usados para pulverizar inseticidas em áreas de difícil acesso ou onde o acesso por humanos é limitado ou perigoso. Esta abordagem não apenas aumenta a eficácia da pulverização, mas também reduz a exposição humana aos produtos químicos.
Liberação de Mosquitos Estéreis: Outra aplicação potencial de drones é na estratégia de controle conhecida como Técnica do Inseto Estéril (TIE). Neste método, os mosquitos machos são esterilizados em laboratório e depois liberados para acasalar com as fêmeas no ambiente. Como resultado, os ovos produzidos não são viáveis, reduzindo a população do mosquito. Os drones podem transportar e liberar esses mosquitos estéreis em larga escala e com precisão.
Educação e Conscientização: Os drones também podem ser usados para fins de conscientização e educação. Por exemplo, as imagens aéreas capturadas por drones podem ser usadas para demonstrar a extensão do problema dos criadouros de mosquitos em comunidades, incentivando a ação local para eliminar esses locais.
Os drones estão se tornando uma ferramenta valiosa na luta contra a dengue. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente regulamentado para garantir a segurança e o respeito à privacidade. Além disso, como qualquer estratégia de controle de vetores, o uso de drones deve ser parte de uma abordagem integrada que também inclua a educação comunitária, a melhoria das condições de vida e a vigilância contínua da doença.
Mitos e Verdades sobre a Dengue:
Mito 1: Apenas os mosquitos que picam à noite transmitem a dengue:
Verdade: O mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, é um mosquito diurno e costuma picar mais ao amanhecer e ao entardecer. Portanto, a ideia de que apenas os mosquitos noturnos transmitem a dengue é um mito.
Mito 2: As pessoas que pegam dengue uma vez ficam imunes:
Verdade: Existe mais de um tipo de vírus da dengue – na verdade, são quatro (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Se você foi infectado por um tipo, desenvolve imunidade apenas àquele tipo específico. Isso significa que você ainda pode ser infectado pelos outros três tipos. Além disso, uma segunda infecção por dengue pode levar a formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica.
Mito 3: Dengue só é grave em pessoas idosas e crianças:
Verdade: Embora seja verdade que pessoas idosas e crianças possam ter mais complicações decorrentes da dengue, qualquer pessoa pode desenvolver formas graves da doença, independentemente da idade. O que realmente importa é o tipo do vírus, a quantidade de vírus no sangue e o estado de saúde geral da pessoa infectada.
Mito 4: A dengue só pode ser transmitida através da picada de mosquito:
Verdade: Enquanto a via principal de transmissão da dengue é através da picada de um mosquito infectado, existem outras formas possíveis de transmissão. Por exemplo, a dengue também pode ser transmitida de uma mãe para o bebê durante a gravidez ou no momento do parto.
Mito 5: Todos os casos de dengue apresentam sintomas:
Verdade: Muitas pessoas infectadas com o vírus da dengue não apresentam sintomas ou apresentam sintomas muito leves, como uma leve febre ou dor de cabeça. Isso significa que muitos casos de dengue passam despercebidos.
Ao compreender esses mitos e verdades, podemos contribuir para uma maior conscientização sobre a dengue e ajudar a combater a propagação dessa doença. É importante lembrar que a prevenção, por meio da eliminação de possíveis criadouros de mosquitos e do uso de repelentes, continua sendo a melhor maneira de evitar a dengue.
Conclusão, a história da dengue no Brasil:
Entender as origens e a história da dengue no Brasil é fundamental para compreendermos o contexto atual desta doença no país. Ao longo das décadas, vimos o Aedes aegypti se adaptar e prosperar em nosso ambiente urbano, ampliando a disseminação do vírus da dengue. Os desafios que enfrentamos no combate a esta doença são complexos, envolvendo aspectos científicos, sociais e estruturais.
Os esforços para a contenção da dengue devem ser incessantes e abrangentes. A pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas e terapias antivirais são cruciais, assim como a implementação de estratégias eficazes de controle do mosquito. Além disso, a educação em saúde desempenha um papel fundamental, capacitando indivíduos e comunidades a tomar medidas preventivas contra a dengue.
Finalmente, a participação da sociedade é indispensável. Ao eliminarmos potenciais criadouros do mosquito, protegermo-nos de suas picadas e procurarmos atendimento médico rápido quando os sintomas da dengue surgirem, estamos fazendo a nossa parte na prevenção e controle dessa doença.
A história da dengue no Brasil é marcada por desafios e avanços. Ainda que a luta seja longa e complexa, o empenho coletivo e o progresso científico nos dão esperança de um futuro onde a dengue seja uma preocupação do passado.
Fontes:
http://www.ccs.saude.gov.br/peste-branca/dg-intro.php#:~:text=As%20primeiras%20refer%C3%AAncias%20foram%20feitas,interior%20ao%20longo%20dos%20rios. https://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/longatraje.html https://www.scielo.br/j/hcsm/a/CLt5Hpxk9ywV59KkZbb4Cdc/?lang=pt https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96710/catao_rc_me_prud.pdf?sequence=1&isAllowed=y